terça-feira, 26 de agosto de 2008

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Algumas perguntas a um "homem bom"

Essa semana, durante a oficina do projeto Êxodos, Marco Antonio Rodrigues, do Grupo Folias, nos brindou com a leitura deste poema de Brecht. Olhar transformativo.

Algumas perguntas a um "homem bom"

"Bom, mas para quê?
Sim, não és venal, mas o raio
Que sobre a casa cai também
Não é venal.
Nunca renegas o que disseste.
Mas que disseste?
És de boa fé, dás a tua opinião.
Que opinião?
Tens coragem.
Contra quem?
És cheio de sabedoria.
Para quem?
Não olhas aos teus interesses.
Aos de quem olhas?
És um bom amigo.
Sê-lo-ás do bom povo?
Escuta, pois: nós sabemos
Que és nosso inimigo.
Por isso vamos
Encostar-te ao paredão.
Mas em consideração
Dos teus méritos e das tuas boas qualidades
Escolhemos um bom paredão
e vamos fuzilar-te com boas balas
Atiradas por bons fuzis
e enterrar-te com uma boa pá
Debaixo da terra boa".
(Bertolt Brecht)

sexta-feira, 18 de abril de 2008

A rainha do Teatro de Revista de volta aos palcos de São Paulo

Por Patrícia Rocco
Fotos: Arquivo e Divulgação

Cena da peça dirigida por Dagoberto Feliz

“Pra Você que me esqueceu” é o espetáculo que traz a cantora e atriz Aracy Cortes (1904-1985) de volta a um local do qual ela nunca deveria ter saído: a memória do público.
Nesta peça, Dagoberto Feliz, o diretor, e o pessoal da companhia “Teatro do Arrebol”, abrem o baú da memória nacional e tiram de lá uma história desconhecida do grande público. Assopram a poeira acumulada pelo tempo e trazem à vida um dos maiores ícones da cultura popular brasileira: a estrela do Teatro de Revista, Aracy Cortes.
Você sabe quem ela foi?

Eu também não sabia. Mas conhecia, surpreendentemente, todas as músicas do espetáculo... Elas me conduziram a uma viagem pelos tempos de criança, pelos momentos em que aprendi muitas daquelas canções com a minha avó. As lágrimas vieram. Claro. Inevitavelmente.

Aracy Cortes era na verdade Zilda de Carvalho Espíndola. Guerreira destemida e dona de um temperamento invejável às mulheres do início do século XX, destacou-se em um meio dominado quase que exclusivamente pelas vozes masculinas da época.

Atriz e cantora começou aos 16 anos e, ao longo da carreira, revelou-se um dos maiores nomes do samba-canção. Foi dela a primeira audição de Aquarela do Brasil (Ary Barroso), a mais importante canção exportada para os Estados Unidos, inaugurando o gênero mundialmente.
Primeira cantora popular do Brasil, revelou talentos como Ary Barroso, Assis Valente, Clementina de Jesus, Paulinho da Viola - compositores até então desconhecidos . Era citada pelos jornais da época em textos como este:
"A quase totalidade das artistas de teatro de revistas em atividade no Brasil guiava-se pelo modelo francês, tinha uma malícia de boulevard, parecia importada de um music hall parisiense. A morena Aracy Cortes, de cabelos crespos, olhos vivos, corpo bonito que não procurava esconder com suas roupas ousadas para os palcos da época, era brasileira em tudo, na malícia dos gestos, nas insinuações do olhar, no gosto pelo duplo sentido das frases. Foi a primeira grande desbocada do teatro brasileiro".

Porém, após tantos serviços prestados ao Brasil, Aracy Cortes morre em 1985, recolhida lá no Retiro dos Artistas. Lutou até o fim para receber do governo algo semelhante a dois salários mínimos. Não conseguiu.

O espetáculo que resgata a história
Uma roda de samba. É assim que os atores recebem o público entoando as encantadoras canções de Aracy. Ela, já com mais idade, volta ao palco de um antigo teatro e ali revive as emoções de suas memórias.
Num jogo cênico que une passado e presente, a peça retoma à cena antigos números e personagens que eternizaram o Teatro de Revista Brasileiro.

Com este drama musical, Dago Feliz e sua trupe evocam nossa memória esquecida. Assim como as nossas raízes culturais. Profundas e belas, mas igualmente esquecidas, em “Pra você que me esqueceu” essas referências recobram o antigo colorido e nos dão uma pista sobre o quanto ainda devemos estar perdendo.

No folheto de apresentação do espetáculo, o diretor dedica esse texto à Aracy Cortes. Sensacional!

“Dona Aracy,
Estamos lhe escrevendo para comunicar que resolvemos fazer um espetáculo sobre a sua pessoa. Sei que pode parecer “realidade fantástica”, mas acreditamos que isso de alguma forma chegue as suas mãos, ou melhor, a sua alma... ou a sua energia... ou a sua memória... Como nos deparamos com várias informações truncadas sobre o seu trajeto histórico, resolvemos, então, para a realização em cena do nosso projeto, comparar a sua trajetória artística a da nossa equipe criadora.

Pode parecer pretensioso, mas acreditamos piamente que isso seja possível. Talvez pela proximidade das angústias criadoras deste grupo no atual instante deste mundo. Embora esteja afastada dele há algum tempo, queremos, infelizmente, comunicar-lhe que este mundo não está tão diferente do que era quando a senhora esteve por aqui.

Depois deste pequeno arrazoado, vamos à explicação do que pretendemos fazer com o seu legado.

O espetáculo inicia-se com uma pequena roda de samba de mesa de bar recepcionando o público. Pensamos em um repertório que inclua nomes como Noel Rosa, Lamartine Babo e outros que a senhora ajudou a lançar como compositores. Lá pelo meio do espetáculo, citaremos vários outros autores para lembrar a importância do artista estar próximo de novos artistas que surgem... como a senhora fazia... Que acha da idéia?

Como temos imagens suas quase que somente em fotografias da época, optamos por não tentar uma reprodução fidelíssima a sua figura, mas sim “brincamos de ser a senhora”. Duas atrizes representarão o seu papel. Uma como se estivesse expressando a sua opinião já em tempo de mais idade, e a outra, no seu momento de trabalho mais atuante. São atrizes que acreditam, como a senhora acreditava, em um tipo de teatro que não cede ao mercado. Daí a comparação, lembra?

Um ator representará todas as figuras masculinas que em algum momento da sua vida foram importantes. Sentimos pela falta de um número maior de atores, mas a senhora não sabe como hoje em dia é difícil montar um elenco com muitos nomes... ou achamos que até saiba! Em função dos costumeiros recursos limitados de produção, um violonista fará o papel de orquestra. Mas não se preocupe com a qualidade musical. O violonista é realmente um ótimo violonista. Talvez consigamos um sopro... uma flauta... uma clarineta... mas ainda estamos à procura deles... A senhora sabe como são os músicos, não?

A produção está tentando, de qualquer maneira, resolver o eterno problema de custos, patrocínios, apoios culturais... enfim... e hoje em dia existem Leis de Incentivos Fiscais à Cultura que são muito complexas, mas já aprendemos a lidar com isso também. Não sabemos se na sua época era assim...

Quanto à direção, está nas mãos de alguém que já fez muitas direções musicais em vários projetos, e acredita compactuar com o seu pensamento “do artista que tenta não se dobrar às normas vigentes”...

D. Aracy, acreditamos realmente em tudo que expusemos. Sei que, por motivos óbvios, jamais receberemos uma resposta sua, que seja cientificamente provada. Mas a certeza dessa comunicação... desse diálogo entre diferentes épocas dentro da angústia artística da criação, de alguma forma acontece...

Respeitosamente e com carinho, um grande beijo.
Dagoberto Feliz “

PRÁ VOCÊ QUE ME ESQUECEU
Teatro Ópera Buffa - Praça Franklin Roosevelt, 82, Centro, São Paulo.50 lugares. tel.: (11) 3237-1980. Ingressos: R$ 20,00 (meia-entrada - R$ 10,00)
Sábados e domigos às 21hs. Até 27 de abril.

Ficha Técnica:
Companhia: Teatro do Arrebol
Autor: Cláudia Pucci
Direção: Dagoberto Feliz
Elenco: Evelyn Klein, Gisela Millás, Ivan Kraut, Tiê Alves
Gênero: Drama
Duração: 50 min.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Em breve! O auto-retrato de Vitor Mizael e a arte do indizível

Auto.retrato, 2006
Auto.retrato, 2006

auto.retrato, 2007

domingo, 20 de janeiro de 2008

"Palhaços" está de volta!

Peça escrita por Timochenco Wehbi mostra encontro entre um palhaço e seu fã e discute o papel da arte e do artista na sociedade contemporânea
Fotos: Divulgação

O texto é da década de 70. Mas a realidade nos mostra que não há nada mais atual do que Timochenco Wehbi, dramaturgo paulista, quis evidenciar com "Palhaços" há mais de trinta anos.

O circo é decadente. Assim como as esperanças e a visão de mundo ultra-realista do palhaço Careta (Dagoberto Feliz).

Benvindo (Danilo Grangheia), o fã, é vendedor de uma loja de calçados, aspirante a gerente e, como fã incondicional do artista - esperançoso por um inocente bate-papo - vai cumprimentá-lo no camarim após o espetáculo. Não sabia, porém, que a proximidade da realização de um sonho poria também à prova as suas mais puras aspirações.

E é exatamente o que acontece quando, o que prometia ser um singelo e agradável diálogo enter fã e ídolo, torna-se um processo de quebra de paradigmas num jogo cênico tragicômico, uma sucessão de malabarismos físicos e mentais que apóiam o encontro das duas personagens e que acabam por mandar água abaixo todas as ilusões que compõem a relação artista x admirador.

Por meio da postura do palhaço Careta, que trava um diálogo contestador com o seu interlocutor, a peça mostra a realidade vivida pelos artistas atualmente, questiona o papel da arte e o que a sociedade contemporânea espera da classe.

Muitos são os pontos de atenção nesta produção. E, a meu ver, o mais interessante deles é a forma como o palhaço tira sua "máscara" e revela o ser humano por trás do artista. Com todas as suas dores, questionamentos, decepções e anseios.

A utilização de elementos cênicos infantis como os truques circenses, as músicas e as brincadeiras, é a antítese que conduz o espectador ao reconhecimento do que vem por trás de um figurino e uma maquiagem bem feita.

E os papéis são claramente invertidos. No decorrer do espetáculo, vemos um homem comum ter atitudes tipicamente clownescas e o palhaço transformar-se em um homem comum adicionando pitadas de atitudes cruéis ao seu comportamento diante do fã.

O desenrolar do espetáculo se dá unicamente pelo diálogo, um ping-pong entre as duas personagens que sustenta um crescente suspense até o final da montagem.

Careta passa a maior parte do tempo gozando o seu fã Benvindo e tira boas gargalhadas da platéia que é levada pelos atores para momentos que se dividem entre descontração e silêncio.

"Palhaços" é uma montagem de cenário simples e conteúdo gigantesco. Adiciona-se a isso o colorido especial que os atores Dagoberto Feliz e Danilo Grangheia emprestam ao texto com todo o seu talento e o firme propósito de transformar o pensamento. E conseguem. Como sempre.

Abaixo a excelente reflexão do diretor Gabriel Carmona:

Para que serve o artista?

Não há resposta absoluta. Pode até ser perigoso dar utilidade a algo que, por natureza, é inútil, tal qual fazer amor, festejar ou pensar.

Mas mais perigoso, chato e emburrecedor, é o que acontece hoje. Como em muitos momentos da história ocidental, a arte torna-se novamente instrumento moralizante, como um domador de circo, a serviço da ideologia vigente que nos quer amortecidos, apaziguados.

A intenção é clara: levar o indivíduo para longe de si, da sua realidade e dos seus desejos mais profundos e legítimos. Sentimento torna-se sentimentalismo, opinião torna-se senso comum.

Não sabemos a resposta, mas sabemos que o diálogo entre artista e sociedade, como tantos outros, está infantilizado, mecanizado e muito aquém de suas reais possibilidades. A fama é um véu que separa duas pessoas iguais: criador e público. Estamos todos no mesmo barco!

Mas já não basta denunciar, apontar as deformações nas relações sociais, interpessoais e de qualquer âmbito. Agora, é preciso desmontá-las, descobrir o que leva alguns artistas a se colocarem como detentores da verdade salvadora ou prostitutos do dinheiro e da fama.

E descobrir também como parte do público transformou-se em mero consumidor de entretenimento, que não quer pensar, nem ser desafiado ou posto em cheque, mas somente, por alguns minutos, sair dessa vida monótona e maçante para entrar no reino da fantasia, onde o mocinho sempre vence e o mal sempre é o outro.

O espetáculo é uma tentativa desesperada de comunicação, de diálogo. É isso que queremos. (Gabriel Carmona)

Palhaços
Teatro Ópera Buffa - Praça Franklin Roosevelt, 82, Centro, São Paulo.
50 lugares. tel.: (11) 3237-1980. Em janeiro: Domingos às 20h13. Em Fevereiro: Sábados às 21h13 e Domingos às 20h13. Ingressos: R$ 20,00 (meia-entrada - R$ 10,00)75 min. Até 24 de fevereiro.

Ficha técnica
Elenco:
Dagoberto Feliz e Danilo Grangheia
Autor: Timochenco Wehbi
Direção: Gabriel Carmona
Produção: Vitor Souza
Iluminação: Erike Busoni
Téc. de Luz: Marcela Donatus
Cenário: Flavio Tolezani
Figurino: Daniel Infantini

sábado, 19 de janeiro de 2008

"Coisa Boa Pra Você!" em curta temporada

Diversão garantida para sábado à noite, montagem satiriza os vespertinos televisivos

Murillo Flores e sua trupe voltam aos palcos com a peça "Coisa Boa Pra Você!", um programa de TV no qual as situações mais bizarras dos vespertinos brasileiros acontecem.

No melhor do humor sarcástico e inteligente, a montagem diverte ao abordar, com muita ironia, o que os bastidores escondem.

Com merchandisings, números musicais, desastradas aulas de artesanato, entrevistas e até intervalos comerciais, o grupo apresenta um trabalho muito bem elaborado e recheado de críticas nas entrelinhas.

Destaque para Nata$hara$ha e Priscilla Menucci.

Coisa Boa Pra Você!
Espaço Parlapatões
- Pça. Franklin Roosevelt, 158, Centro, São Paulo.
96 lugares. tel.: (11) 3258-4449 - Somente aos sábados às 00hs. Ingressos: R$ 20,00 (R$10,00 meia).
Até 02 de fevereiro.

Ficha Técnica:
Elenco:
Fabrícia Ouriveis, Luciano Assumpção, Murillo Flores, Nata$haRa$ha, Priscila Menucci, Stefany Di Bourbon (Ricardo Cavadas)
Direção: Murillo Flores
Backstage: Paula Tonolli
Figurinos e Adereços: ankh.art.br
Desenhos e Cenários: Lafaete Mont´Alegre
Produção: Humberto Rodrigues
Assistente de Produção: Karina Cardoso

Alguns momentos do espetáculo:
Fotos:
Divulgação

Nata$hara$ha e Ximiju

O merchan de Vitameat Vejamin pela "moça das vitaminas"

Ponto alto do espetáculo: Mein Herr

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Degustação de Histórias

"Contos Ciganos" da atriz Gabriela Hess é uma imersão na cultura gitana pelo despertar dos sentidos. Desfile de sabores e aromas envoltos pela magia de histórias milenares tradicionais

Por Patrícia Rocco

O mundo cigano e todo o seu encantamento. É para onde nos leva a atriz Gabriela Hess com seu projeto que une gastronomia, contação de histórias, ambientação típica, aromas, música e figurinos coloridos.

Durante as três horas de espetáculo, o público é transportado para uma verdadeira experiência sensorial e a uma viagem pela imaginação. Contos ciganos declamados em clima de festa e o tempero especial para essa combinação são os pratos cuidadosamente preparados para envolver ainda mais o espectador nas delícias da cultura do povo nômade.

E Gabriela Hess dá o tom e desperta. É ela quem conduz o espetáculo no papel da contadora de histórias e, com um sorriso de menina, provoca envolvimento. A força com que carrega as palavras é arrebatadora e o gestual expressivo colore a imaginação do público em momentos que transitam por diversos campos da emoção.

Fazendo jus à musicalidade dos ciganos, os contos são acompanhados por melodias típicas e, nos momentos mais expressivos, as atenções recaem sobre o violonista Arthur Iraçu que dita o ritmo e marca o compasso de cada história.

Memória degustativa - Entre uma contação e outra, o jantar é servido. No cardápio, as comidas temperadas por fortes iguarias como gengibre, mel e calda de vinho trazem à tona alguns aspectos da memória degustativa, proporcionando a experiência de ultrapassar fronteiras e viajar pela cultura gitana por meio da degustação.

Maçã assada com farofa de castanha do Pará, laranja com especiarias, sangria, sopa de cenoura com gengibre e mel são alguns dos itens servidos com a assinatura da chef Joana Leis – responsável pela elaboração do cardápio inspirado na culinária originária da Espanha, Andaluzia e Catalunha.
Mas, o ingrediente mais importante dessa cozinha e que costura a proposta de “Contos Ciganos” é o resgate da tradição oral, característica da língua ágrafa dos nômades, um idioma sem forma escrita.
Assim como sua perpetuação que conta somente com a transmissão oral dos conhecimentos, a contação de histórias neste espetáculo pega carona no costume e resgata nas pessoas a capacidade de imaginar. De se deixar envolver pelas palavras e transportar-se para universos (físicos e psicológicos) dos mais diversos.

“Ser contadora de histórias representa alegria no sentido de poder me transformar no outro, olhar o mundo por meio de uma ótica diferente da minha, cultural e existencialmente”, reflete a atriz.

O projeto “Contos Ciganos” conta ainda com o apoio da casa de cultura Estrellas Gitanas, de São Paulo, que fornece elementos de pesquisa e conteúdo cênico para as apresentações como as danças típicas que são realizadas durante o espetáculo.

É com muito exotismo e fascínio que o projeto de Gabriela Hess e sua trupe enaltece e desmistifica a cultura cigana. Traz para muito perto o calor e a energia contagiante dos valores, crenças e jeito de viver desse povo de costumes ruidosos, ornamentados, apaixonados e livres.

"O céu é meu teto, a terra minha pátria e a liberdade minha religião”. (Pensamento Cigano)

Alguns momentos do espetáculo
Fotos: Patrícia Rocco

Gabriela no santuário cigano (Lola Bistrot)

Interação com o público é marca registrada de "Contos Ciganos"

O músico Arthur Iraçu

E Gabriela é pura emoção

Joana Leis, a Chef

A alegria dá o tom do espetáculo!


... e a sensual dança cigana contagia o público

O figurino!

As mãos...

... e o mistério da cigana.

Projeto “Contos Ciganos”

Ficha técnica:
Atriz: Gabriela Hess
Direção: Priscila Harder
Músico: Arthur Iraçu (Violonista e Percussão)
Chef: Joana Leis

** O espetáculo aconteceu no restaurante Lola Bistrot (Vl. Madalena – SP), ano passado.
A agenda de apresentações para 2008 ainda não foi divulgada.